O mercado de food service após a crise
Conheça quais as novas necessidades e demandas do mercado de food service e como será a retomada dos restaurantes diante de um "novo normal"
Por Manuela Ravioli

Restaurantes voltam a abrir em alguns países como Alemanha e Itália
Foto: Getty Images / Natalie Magic
Mercado de food service
O hábito de comer fora de casa é cada vez mais presente no dia a dia de quem vive no Brasil. Segundo uma pesquisa feita pelo IBGE, o brasileiro gasta 25% de sua renda em estabelecimentos como restaurantes, bares e padarias. Só em 2018, o mercado de food service movimentou 428 bilhões e meio de reais segundo a AIBA (Associação Brasileira de Indústria de Alimentos).
Em ascendência desde 2010, o mercado alimentício vivencia atualmente um congelamento dos serviços ocasionado pela pandemia de Covid-19. Devido a crise, o setor já experimentou no mês de abril um faturamento de somente um quarto comparado ao ano anterior, segundo uma pesquisa feita pelo SEBRAE.
O serviço de delivery ganhou ainda mais espaço, considerando também o estudo feito pela SEBRAE, porém não se compara com a experiência de comer fora de casa. Então, surge a dúvida: como será a retomada dos restaurantes aqui no Brasil?
Alguns países já realizam a flexibilização do isolamento social que acontece gradualmente. Em primeiro lugar, vêm os comércios menores, depois padarias, floriculturas e por último, lugares onde há maior concentração de pessoas. Os restaurantes costumam ficar entre as últimas fases do afrouxamento por conta de reunir grupos em volta de mesas e ainda proporcionar contato direto com alimentação, um nicho já bastante complexo antes mesmo da pandemia.
Retomada em outros países
A Alemanha tem vivido momentos de flexibilização desde o final de maio, o que resultou na abertura de comércios, escolas, hotéis e também do setor alimentício. Por exemplo, as cervejarias ao ar livre chamadas de biergarten voltaram a funcionar em Baviera, localizada no sudeste do país.
Lívia Filadelfo, repórter da TV Cultura, vive em Hamburgo e conta sobre medidas tomadas pelos restaurantes e cafés que reabriram as portas. “Os estabelecimentos pedem o número de telefone dos clientes para avisá-los caso alguém que passou por lá teste positivo para o coronavírus”, explica ela. Além disso, os funcionários e clientes precisam utilizar máscaras, o uso de álcool gel é recomendado e estratégias de esterilização de louças e talheres estão sendo desenvolvidas.
A Itália, um dos países mais afetados pelo vírus, também já iniciou o processo de reabertura desde maio e por isso, os restaurantes voltaram a ativa. As recomendações estão ligadas ao distanciamento social e precauções relacionadas a higiene. Sobre a aceitação dos clientes, uma reportagem feita pela UOL, estima que países que já reabriram tiveram ocupação de cerca de 30% a 40% nos restaurantes.

Medidas de higiene para conter o coronavírus
Foto: Getty Images / Georgemuresan
Novas práticas
Os consumidores carregam algumas preocupações para voltar a frequentar estabelecimentos alimentícios, questões que precisam ter prioridade na agenda dos donos de restaurantes. Entre elas, o receio de ser contaminado com o Covid-19 representa 65% dos entrevistados na pesquisa feita pela Food Consulting em parceria com a SEBRAE. Já demandas de higiene e segurança alimentar simbolizam 34%.
Os fatores de decisão de onde comer a partir da reabertura dos estabelecimentos estão diretamente ligados a sensação de limpeza e higiene (69%). Com isso, os restaurantes precisam se preocupar com uso de máscara e luvas, uso de álcool gel, esterilização dos materiais, mesas espaçadas, cozinha sem aglomeração, entre outras medidas imprescindíveis.
A ABRASEL (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes) lançou também no início do mês de março um e-book com boas práticas de higiene, recomendações e sugestões para prevenir o novo coronavírus.
“Soft Opening” versus ansiedade dos clientes
Os clientes estão ansiosos para voltar a comer fora de casa e aproveitar a experiência proporcionada pelos restaurantes. Em abril de 2020, o estudo mencionado acima demonstra que 74% dos consumidores pretendem voltar a comer fora igual ou mais vezes do que antes da crise. Porém, essa retomada exige paciência e cuidado pois será uma fase de testes inserindo-se no “novo normal”.
Portanto, quando reabrir as portas de estabelecimentos alimentícios for legítimo, é preciso levar em consideração que a operação será reduzida, diferente e adaptada. Por isso, é possível estabelecer uma comparação com o Soft opening, termo usado para designar uma estratégia para inauguração de um restaurante ou bar. A ideia é que o estabelecimento passe por uma fase de testes, tempo de operação e serviços reduzidos e até mesmo cardápio mais restrito.
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